O teu centauro te espera, monta em seu dorso e vê o mundo pelos olhos da esfinge: és o enigma, não o decifrador. A gente se enche de calo, a gente pensa que sabe, a gente se desespera até, mas não abre mão de estar aqui. O teu centauro te espera e o mundo é tudo o que a gente percebe: é só sair por aí descobrindo o que nunca vai ser teu. E quando for noite alta e os acordes de uma aquarela luzirem dentro de teu espírito, deixa o centauro que habita em ti galopar, galopar, galopar e transcender a ti e as tuas explicações. Há de existir um lugar onde os teus mistérios possam descansar. José Inácio Vieira de Melo