Noutro lugar de mim mas mesmo assim ainda em mim, tu, um deus, vizinho em mim, por tênues tabiques separado, trazes as cadeiras e as mesas, os lençóis e as frutas do jardim. Embora o cão rosne, a lâmpada do poste se apiede dos fantasmagóricos signos da calçada ainda assim, tu, isto em mim, instala–te na clareira, barroso chão, apodera-te da única cadeira e em mim navegas naquela madeira à deriva, poeira, do porão do meu rosto. Inez Figueredo