de uma antiga balada cretense Amada minha, trago estes limões neste lenço de seda do Oriente. Foi tudo o que obtive estando ausente em tantos anos de navegações. Trago-te a mim, te entrego os corações que flechados e azuis tenho nos braços. Quero agora guiar-me por teus passos e no teu corpo haurir loucas lições. Abre a porta, não vês que sou eu mesmo? Sei que o tempo passou enquanto a esmo doido amante dos mares perlustrei-os. Sou eu, só eu. Abre esta porta, peço, pois quem mais saberá deste endereço, daquele sinalzinho entre os teus seios? Virgílio Maia