Escondo-me atrás de coisas simples, para que me encontres. Se não me encontrares, encontrarás as coisas, tocarás o que minha mão já tocou, os traços juntar-se-ão de nossas mãos, uma na outra. A lua de agosto brilha na cozinha como pote estanhado (pela razão já dita), ilumina a casa vazia e o silêncio ajoelhado, este silêncio sempre ajoelhado. Cada palavra é a partida para um encontro - muita vez anulado ? e só é verdadeira quando, para esse encontro, ela insiste, a palavra. Yannis Ritsos, trad. Eugénio de Andrade