O que está fora, sou. Meu rosto é meu formão. Braços, bocas, de outros – se os houve – meu caráter. Os livros lado a lado na estante nada mais que o dia-a-dia em que me intacto. Sou eu quem realiza destas pétalas o cheiro cortado e medido sobre a mesa com régua de luz mínima. A alma acabou, meu caro amigo: o que há são só distantes objetos moldando a fundo os segredos das linhas da palma da nossa mão. Ronaldo Bressane