De argila e de sangue somos feitos. Não mais que a imponderável ânsia de ascender ao divino transportando connosco este fardo humano de organismo imperfeito. De suor e de lágrimas nos tornamos. Quanto esperamos saber em nossa ignorância no intuito de voar à excelsa plenitude do espírito supremo? Quem nos formou? Quem imaginou e fez energia e matéria, todo o Universo que vemos e sabemos e os demais mundos todos que jamais saberemos? Deixamos o que sabemos — e o mais que desconhecemos — aos que depois a terra habitarem: esses homens futuros que ignoramos e mal podemos pressentir pelo que hoje apresentamos. Aonde vamos? Aonde repousará nossa alma a contínua indagação que nos eleva além de simples animais? Em que páramos finais existe nossa redenção? Fernando Py