no lento triunfo da noite estremece o coração poema amantes sonham-se deuses desfeitos enlaçados pelo engano da mísera solidão devotos no leito os seus corpos de sede docemente guardam beijos neles os cetins e os clarões das tochas crepitam melodias de alfazema místicos apagados encurvados no gesto do abraço êxtase perdido como o sol sem forças beijos adivinham instintos angústias de sono nos lábios tépidos do novo dia as almas jardins do corpo unidas à natureza pelas raízes das águas encontram a beleza na claridade do suor nocturno das danças sagradas inebriantes mornas no túmulo ébrio onde o sangue se agita... nascem rosas acordam floridos na virgindade dos seus olhos onde os anjos servem doces lágrimas renova-se o mundo pedaço de tempo que lhes sobra... HenriqueLevy