Na Palma da Mão
(para a minha amiga - e leitora - Luísa Cardoso Matias)
Não tenho vocação para a saudade
é o agora que amo
em cada gesto em cada cheiro
em cada cor em cada choro.
É o brilho das coisas
e a neblina
o claro e o escuro
da condensada noite,
e a fluidez da manhã
acordada sozinha.
É o mistério das coisas que contemplo
olhos para o futuro que trago comigo
desde que nasci.
Ângela Leite
Publicado em 23 de Março de 2008