por onde eu passo passou o ferro em brasa e os olhos roídos pelo fogo das lágrimas passaram pelo sangue e o leão ó rígido nenhum vento estremeceu mais para dentro da noite que a divida obscura o mercado do sol entrou no quarto e o quarto na cabeça cheia de zumbidos amadurecer as iscas do desalento que gente mais timorata atirou ao chão quente desfalecer de uma noite de trabalho viver toda a sua indiferença e tão calma a noite enquanto ainda caminha na embriaguez embrulha-se na cidade nas plantas uma invisível mão me empurra selvagem pelos velhos caminhos dos jardineiros onde vibram as notícias se reviram os canteiros onde ainda lágrimas se tiram e há ferros a torcer no inverno Tristan Tzara (ou Sami Rosenstock)