Quis escrever
Quis que escrevesse um poema
Sem importar-me aos traços imberbes
Da alma minha, o destino.
O papel, trêmulas as mãos
Lancei de esperanças falsas
Tomado, a escrever.
O tempo em vão gastei;
O papel manchei
Sem nada entender.
Erradas as mãos
À empresa falida
Não soube fazer.
Alberto da Cruz
Publicado em 23 de Maio de 2008