Sua voz desperta o tempo de adormecidas horas recomposto no cumprimento com que o travo da saudade aflora e fere e desacostuma a vida silenciosa: refestelados castelos de quase nada prisões rarefeitas de prazeres e esperas automatizadas no aguardo do barulho com que o espantalho espanta os pássaros sem mexer o corpo e da reunião dos fatos ressurgem as primeiras chuvas em úmidas gotas de desespero o tom e o som a entonação e o nome ditos como se a surpresa superasse o sonho e estivesse ao lado e à frente os olhos abertos e sorridentes e o nome repetido na confiança da conquista. Pedro Du Bois