Medos
Para onde levo meus medos a musa sabe
o entrave burocrático o sonho descrito
na paisagem absorta espécie de estrela
fria vigia onde o vento espanta as luzes
no escuro da vista o medo floresce e desponta
a mão treme o cansaço da mente escuta
e sente o frio na hora pressente
ser tarde o dia em que a coragem esteja
na presença do como sair daqui agora
meu medo permanece em cada banco onde sento
consciente do estilo são os chapéus da época
outras eras se aproximam e nada sei
teria a censura do quarto fechado a porta exposta
a carne sobre a cama o espelho espelha a vaidade
fecho o livro não lido meus olhos parados sentem
o frio e o calor ondas hordas árdua batalha.
Pedro Du Bois
Publicado em 3 de Junho de 2008