No teu olhar se esfuma e desvanece A cidade onde o corpo por enquanto é preciso. É quando a outra face do luar aparece E o balir das ovelhas tem o som do meu riso. Para tapar meu seio já nenhum astro tece A roupa com que outrora saí do paraíso. O pudor é da terra. Só por isso anoitece E a nudez dos amantes é não darem por isso. A semente do filho que em nós amadurece Trouxe-a no bico a pomba que o seu reino prepara. Por isso na cidade já ninguém nos conhece Pois que ambos trazemos esse filho na cara. Natália Correia