Tu que me levas, vindo do futuro, E me impeles no rumo do passado Dize-me qual o destino, qual o fado, Que hei de claro cumprir no tempo escuro. Fala. Conta se foi desbaratado O exército de luz de longo aturo Que se pensava do tempo forte muro E se acabou como ouro nunca achado. Tu que me negas as especiarias De lavor da razão que antes buscaste, Oh, dize-me com letra e forma frias Se por terra, mar, ar, ou sonho puro, Colhemos outra que não a mesma haste Só de ânsia antes buscada no futuro. Florisvaldo Mattos