Instinto
Esquece-me. Quero andar
Ao sabor do meu instinto
Cultivado na desgraça.
- O amor,
Deixa um travo, mas passa.
Não tenhas pena.
Do alto do meu aprumo
Desafio a tua verve:
- Para morrer,
Qualquer lugar,
Qualquer corpo,
E qualquer boca me serve.
António Botto
Publicado em 31 de Julho de 2008