Chegou. Floriu-se o tempo. Abro as janelas e vejo o céu escuro. É finalmente a noite que se realiza e recomeça. É a noite com sua unidade: estrelas florem nos caminhos intérminos. É noite húmida, criadora sempre e materna. É a noite de amor, macia e própria aos afagos; a noite em que se afogam os tormentos. É o silêncio amadurecendo: do seio da sombra noturna vem surgindo a rosa primeira. Augusto Frederico Schmidt