é preciso perguntar pela perfeição quando nesse silêncio desembarcam palavras (escrever letras colher flores) é preciso perguntar pela fronteira quando em pétalas de begónia se esconde a linha que divide essas cidades. assim mesmo não existe tempo para cuidar da terra (L. e eu somos amigos falamos frequentemente desse inatingível: perder o lugar das coisas ganhar o silêncio do sítio por elas desocupado). nunca entendi muito de chuvas mas eis o inverno e no inverno passo por cima das mais pequenas águas esqueço por isso a pergunta: qual a regra do acaso? há muito tempo que a chuva para cair pede licença e pousar palavras na certeza é um risco. na seiva dessas plantas reconheces pinheiros? (ou apenas erva daninha) João Luís Barreto Guimarães