Entraram na casa da bruma. Aos poucos seus olhos acomodaram-se aos contornos imprecisos. Estava tudo sombrio, era tudo difuso. Também se viam um ao outro sem contrastes, seus rostos não mudavam suas expressões eram sempre as mesmas, sempre encobertas pela mesma névoa. Esqueceram-se do mundo que havia lá fora, da luz, da dor, da alegria, da mentira, a emoção, os beijos, da amizade e do amor. Negaram qualquer verdade ou perfil ameaçadores. E ficou-se-lhes o coração ambíguo. Amalia Bautista