o oiro do dia
As claridades mansas das areias
na sombra do obscuro do calor
abismo da extensa
nudez da luz em terra de firmeza
contente magoada
árvores ervas claridades danos
ligeiras claridades das areias
a que na sombra da nudez do corpo
de luz um fogo seco
novo choro procura e novo dano
As claridades não se encontra dano
que no áspero choro a luz não fira
nem as extensas arcadas fracas
claridades do mar
nem as escuras praias enganadas
A mansidão das praias os abismos
do fogo serenados
enfraquecidas luzes e obscuras
e nuas claridades
vivemos na tristeza sossegados
mas se o escuro
agita contra nós tranquilo e falso
o lume vão das dunas o da terra
árido ardente pó acumulado
é o calor da mágoa que a inerte
acumulada vida obscura rasga
As claridades brandas não enganam
do sangue o pó a morte a estranheza
confusa troca da extensão da praia
da luz fraca da tarde
só dos banhos se mudam verdadeiros
dia a dia do fogo os mesmos danos
e se renova o pranto de firmeza
descontente magoado da nudez
De claridades vive em terra estranha
a extensa cinza fraca luz das praias
de firmeza canção rasgando o fogo
magoado contente da nudez
Gastão Cruz
Publicado em 5 de Agosto de 2008