Agora abandonado sem sentimento algum de ter valido a pena ou de não isso, de olhos abertos mais, assumo e amo, encordoado como não sei que bicho, de pé-coxinho como não sei que homem. Olho A e B, e a ti, porém contando com posição de mar roçando a praia alheia, tão marginal mas útil de outra forma, tão mar e marginal, desfeito mas fazendo. O lar sonhado não é aqui, mas onde não sonhe mais por ele. Vivo de pé, completo com aquilo que outro vento não tive que me desse, e mais ainda, com o que não tenho agora nem pretendo rever: o dia é grande, a morte igual, a voz silente. Não posso pedir mais que o dom da sede. Pedro Tamen