Um musical é sempre um género arriscado, ainda mais no século XXI, virado para um cinema de acção - e esse risco acentua-se naturalmente se é construído a partir de músicas pop dos anos setenta e oitenta, da autoria dos ABBA, um grupo sueco que ganhava festivais Eurovisão da canção: Mamma Mia! é tudo isto, mas sobretudo o kitsch ao serviço do puro gozo, entretenimento e convivência com memórias, próprias e alheias, colectivas, geracionais, em suma. Meryl Streep é uma actriz fulgurante e o filme gira em torno dela - acompanhada pelo talento das suas partenaires e pela beleza perfeita de Amanda Seyfried. A ver por quem andava por cá nos longínquos anos oitenta...