não sei se o nevoeiro não abrir como posso eu encontrar caminhos por entre esses silvados as valas não as sinto nem os chocalhos dão sinais não seise o nevoeiro que as árvores soltam-se do cinzento só por momentos o silêncio tapa-me a visão não ouço o horizonte posso ficar assim parado sem medidas flutuando entre o orvalho e a erva silencioso e solto Henrique Ruivo