Volta sempre à memória a repetida fuga denotando uma tarde impaciente um tempo alarve um como brando fogo onde não arde o corpo que entretanto nos queimando prossegue volta sempre o aviso uma réstea de sol amargo é outono e tudo está dito é outono agora por enquanto e por isso é que volta à memória outro frio outro fim e se nota que o inverno está perto o inverno é preciso sabes isso apesar de sabermos ao certo donde vem e aonde conduz volta sempre à memória uma luz que repete um sono que nos promete outro mundo enquanto o outono dura e dura e anestesiados nos deixa a flutuar entre frutos já podres onde o bicho da fruta se aproxima da gula e a terra da gente. Nuno de Figueiredo