(excerto) Canto-tepara que tu definitivamente existas Canto o teu nome porque só as coisas cantadas realmente são e só o nome pronunciado inicia a mágica corrente Canto o teu nome como o homem fazia eclodir o fogo do atrito das pedras Canto o teu nome como o feiticeiro invoca a magia do remédio Canto o teu nome como um animal uiva de Como os animais pequenos bebem nos regatos depois das grandes feras Canto-te e tu definitivamente existes nos meus olhos Sempre abertos porque é sempree os meus olhos são os olhos da criança que nós somos sempre diante da imensidão do teu espaço Canto-te e os meus olhos sempre abertos são a pergunta instante pendente de eu te interrogar e interrogo as coisas em seu ser noctumo em seu estar sombriamente presentes na tua claridade obscura E como é sempre meus olhos abertos prescrutam-te símbolo de tudo o que me foge como apertar o ar dentro das mãos e querer agarrar-te oh substância Ana Hatherly