Não se sequestra o mar, como se sequestra o céu? Línguas de fogo erguem-se sobre as cabeças, esta ceia sacia-nos, como se sequestra a fome do mundo? Esta é a noite ilegítima, em que a insónia contempla uma culpa sem tempo, esta culpa perdida. Como se sequestra a luz que há no espírito, a dor pela treva irremissível? Amadeu Baptista