nada entre nós tem o nome da pressa. conhecemo-nos assim, devagar, o cuidado traçou os seus próprios labirintos. sobre a pele é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. porém, se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas – o que fica para além da planície e da falésia; a ilha, um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra que nunca escreveremos. entre nós o tempo desenha-se assim, devagar. daríamos sempre pelo mais pequeno engano. Maria do Rosário Pedreira