Mulher de gestos dia a dia mais pequenos, fosses tu qualquer coisa, uma cadeira ao menos houvesse para ti sempre lugar em tua casa e não ires um dia assim convencional serena como papel ou lixo pela escada abaixo Mulher espremida enquanto deste vida e resumida à pequenina luz que se liberta do gesto estritamente necessário linha recta para anular o espaço entre a mão e a coisa movimentos dos dias divergentes de outros dias E tudo vai moendo e remoendo momento a momento triturando colhendo arrepanhando face ficta fraca e fixa a fruta em frente fita, frígida fremente Ruy Belo