O teu pé, subtil e breve, É como a visão doirada Que em sonhos roça, fugindo, A nossa fronte pesada: Todo o escuro se ilumina, Duma luz coada e branda, E voam as fantasias, Como aves, de cada banda: Assim, quando teus pés roçam A terra dura e sem cores, Sob a pisada, que a afaga, Às mil vem brotando as flores! Antero de Quental