A Luz nos Pulmões
Empurram-se dos olhos,
dividem-se pela casa.
Como grandes câmaras vazias sonham
ou enlouquecem por detrás dos cântaros.
Cantam as mãos que cozem junto ao barro,
o azeite dormindo nas talhas.
Cantam o outono nos olhos húmidos dos cães.
Jorge Melícias
Publicado em 13 de Dezembro de 2008