Não são aparentes em ti as marcas da grandeza, nenhum monumento desfigura ou altera a monotonia sem convulsões do teu rosto quase anónimo. A escassez de ogivas, arcobotantes, rosáceas, burilados portais, cobra-la tu na gravidade das tuas sombras e do teu silêncio. Não vem sequer da tua voz a opressão que cerra as almas de quantos de ti se acercam. Não demonstras, não afirmas, não impões. Elusiva e discretamente altiva, fala por ti apenas o tempo. Rui Knopfli