Agora não professo nem sussurro ao vento os segredos que reinvento, remo na transumância dos dias. O sonho, esse discípulo da noite dissipada, inspira-me à peregrinação. Agora não tenho fronteiras, mas quando o exílio da memória me retém o espelho dos dias ao sentido original das coisas regresso, porque é necessário ser contemporâneo do tempo. Agora, sim, professo: viver e abraçar os rumores do presente. Armando Artur