Futuros ou Não
                Futuros ou não,
viajemos um para o outro, tranquilos; 
viajemos, sombras fugidias, levemente 
eternas:
- Tu para mim, eu para ti.
 
Futuros ou não,
passemos nos lábios inventando o fogo, 
passemos nos corpos repartindo as nascentes, 
passemos nas almas pronunciando espaço. 
 
Como o ruído dos passos gasta a solidão
dos caminhos,
assim tu em mim,
chegada de muitos gestos, dum mundo e de 
outro mundo, do alfa e do omega.
António José Maldonado 
            
            Publicado em 18 de Janeiro de 2009