Poema Cíclico
(...)
Quão particular este silêncio
(viés oculto)
que me sabe desnudo
despudoramente nu
encalhado num atol:
leito circunscrito
às algas do meu avesso.
Sem embargo
trago sempre no alforje
um fardo de estrelas:
sei-me estivador
desse cais agónico
atarefado Sísifo
Aníbal Beça
Publicado em 22 de Janeiro de 2009