Por que esse silêncio essa paz essa calma essa ventura falsa que pedem os circunstantes: “mostra-a em teu rosto” sem reparar decerto o não poder fazê-lo por não sentí-la em mim por não trazê-la na alma. Tenho os lábios gretados como o leito dos rios onde a água é lenda meu sorrir é queixa minha prece um grito um eco de revolta irremediável do irremediável e milenar conflito represado comigo desde o ter nascido entre o que nasci e o que me fez a vida. Augusto Severo Netto