Poema do Conflito Eterno IV
Mas é querer somente
o meu sorrir é queixa
minha prece um grito
um eco da revolta irremediável represada comigo
desde o ter nascido
entre o que nasci e o que me fez a vida
a dor de não ter sido
um clamor quase mudo
de pouco ter achado e ter sonhado tudo
o escutar sangrento
e longe
do horizonte
no eco de um profundo e milenar conflito.
Augusto Severo Netto
Publicado em 6 de Janeiro de 2009