A mão que escreve
O primeiro verso
atravessa o espaço
desconhecido
onde se formam
ventos
e intenções surgem
do quase nada
pelos sobre a pele
amortecem o impacto
com que a queda se apresenta
em céus azulados
passa o corpo
ignorado no começo
o rastro indica
apenas a sua passagem
versos se recolhem em medos
desmesurados do ignorado
objeto atravessado em ares.
Pedro Du Bois
Publicado em 1 de Fevereiro de 2009