Eu canto e se cantar por solidão A rosa em mim floresce no silêncio Ninguém perturbe a paz deste momento Em cuja fantasia eu me transvio Muito menos turve a água desta fonte Que bebo para o instante inumerável – Acaso sei de mim que transitório Sustento um pé na terra outro no espaço Sou, pássaro de pedra sou. Jamais Neguei de expor ao sol meu corpo duro – Tenho postura de animal correto Falo também a mesma língua escrita Irmão que sou de tua solidão Oh navegante além da mesma rota Adelmo Oliveira