A Cartomante
Meu caminho está fechado
de punhais. Afiados dentes
de hienas que me espiam.
Riem de minha morte e
se banqueteiam com meus destroços.
São sete esquinas a minha vida:
alguém me espreita no beco
da noite. Apenas um número
me salvará de suas teias
nem a cana e nem a mosca
me salvam da certeza do amor
da dama vermelha da janela azul.
Emil de Castro
Publicado em 20 de Abril de 2009