com a mágica poção dos tempos que à mingua das hora urdidas nesta garganta profunda até a ponta da língua toco o cio das palavras nas lambidas fartas das feridas findas. apago a luz [acesa?] das frases postas a mesa como cartas marcadas em alguns riscos atrás das portas atrás dos vícios dos nossos jogos aflitos entendiando o agora em que me fito a mão então suspensa sai por um desvão: vão da consciência te alcança ao sol na ciência de uma minuto exato andando por ruas invertidas na contramão dos fatos -armação dos atos- solto os cabelos grampeados por estrelas-guias ante uma voz bendita de um domador de astros que me fareja os passos retalho ao vento o sabor da vida e ascendo aranhura estética do dia. Flora Ferreira