O poema é fácil difícil é inventar sua metafísica de poema veredas sinuosas jogos de pretérito ensimesmadas palavras pela superfície do presente rio caudaloso sombra furtiva sobre sombras cristal imerso na noite estrelada reverberando sóis que o instante detém em corrida perene longe para bem longe próximo do sono e dos sonhos luzes acesas são as palavras refletidas na manhã que virá branca, toda branca noiva louca sedenta e sem olhos noiva branca vestindo véu e grinalda o poema alma penada. Paulo Garcez de Sena