Escreve cada um dos teus poemas como se fosse o último. Nesta era, atomicamente saturada, carregada com terrorismo, voando com velocidade supersónica, a morte chega com uma brusquidão aterrorizadora. Envia cada uma das tuas palavras como se fosse a última carta antes da execução, um apelo gravado no muro de uma prisão. Não tens o direito de mentir, nem o de brincar às escondidas. Não terás simplesmente tempo para corrigir os teus erros. Escreve cada um dos teus poemas, concisamente, impiedosamente, com sangue - como se fosse o último. Blaga Dimitrova