Há sempre uma madrugada em que os candelabros de ouro enaltecem as tuas formas, a tua alquimia de pecado e volúpia, há sempre, no teu sorriso breve, uma brisa que regressa do mar, trazendo o lamento dos náufrafos, a sua sede irremediável. Nestas horas de assassinada alegria ergues os braços e uma súplica, mas ninguém te ouve, ninguém te vê, encerrada numa túnica de cores puras. José Agostinho Baptista