Fumo
(gentileza de Amélia Pais)
Ligeiro fumo alado! Ó ave de Ícaro,
fundindo as asas na ascenção da fuga,
pássaro mudo, anúncio da alvorada,
sobre as aldeias como em torno a um ninho;
Ou sonho a despedir-se, impura forma
de nocturna visão, erguendo a túnica;
Pela noite, as estrelas encobrindo,
e pelo dia denegrindo o sol;
Vai tu, incenso meu, suplica aos deuses
que nos perdoem tão formosa chama.
Henri Thoreau
Publicado em 2 de Agosto de 2009