romper cadeias e escrever além dos códices e dos modismos da vanguarda — além do cânone ultrapassar a concisão do verso mínimo compor sonetos no rigor de rima e métrica tentando ingleses portugueses e simétricos aventurar-se do insensato ao ultra-lúcido do social ao pornográfico e ao lírico e ainda ousar o verso livre e — sem metáforas desembocar meio a haicais belos e herméticos e retornar a esgrimir o econômico minimalismo da palavra exposta ao máximo usufruir a criação de modo ávido na liberdade de dizer-se o que é legítimo fiel apenas à poesia em si e à ética Márcia Maia