(gentileza de Amélia Pais) Teus passos, filhos do meu silêncio Religiosamente, lentamente dispostos Cerca do leito da minha vigilância Procedem mudos e gelados. Pessoa pura, sombra divina Como eles são doces, os teus passos confinados! Deuses !.....todos os dons que adivinho Vêm a mim nestes pés nus! Se, de teus lábios liberais Tu te preparas para o apaziguar Ao ocupante dos meus pensamentos O alimento de um beijo, Não precipites este acto terno, Doçura de ser e de não ser, Porque tenho vivido para te esperar E meu coração não era senão os teus passos Paul Válery, trad. Sonia Lanzillotte