Fatigado, o corpo deixo-o cair por entre os véus Com os braços prostrados sobre o ventre Assim permaneço Sem que o tempo ocupe espaço Os olhos deixo-os seguirem o seu rumo Como a folhagem de Outono também eles caem e se fecham Não sei se acordada ou a dormir Reclino a cabeça deixando os cabelos caídos pelo chão Sonho Viajo para uma noite de Verão em que o horizonte te traz E contigo vem toda a vontade e loucura Que tornou a distância vazia Ou a estrada um paralelo que se cruza Contigo vieram histórias e narrativas Dúvidas que metamorfoseamos em verdade Mãos que se tornam asas E gestos incessantes que depravam, viciam e seduzem Contigo veio também o destempero De querer consumir num momento Tudo aquilo que não cabe numa vida Madalena Palma