Infindável livro: melancólico em tristezas disfarçadas; saudoso no sono e o sonho de páginas percorridas com a ponta do dedo molhado no virar a página seguinte e seguinte e seguidamente destituída do caminho. A mesma página reduz dramas em comédias. A tradução em introdução. O remédio entre duas e três palavras ditas em repetições. A dimensão inexata: leio e releio a página atual e busco ao molhar o dedo a folha seguinte. Infindável parábola metaforicamente recolhida ao dia. O rubor da face diante do desconhecimento do elenco formatado na recontagem da história. Leio o título e tateio o livro: sobram espaços vazios de leituras não iniciadas. A infindável vida desregrada aos óbices e o sexo permissível aos homens de vontade insubmissa à criação literária. Pedro Du Bois