Se uma película de vidro Adere à pele da pedra; se algum Vento vier. Afere-lhe o esplendor; martela, fere: um som de ferro no exterior; por dentro outra textura mais espessa. Poisa como um veniz depois o ar suave a sua laca no esmalte fracturado. E levanta-se então. Minuciosamente. Ergueu-se o halo das colinas; a lenta beleza levitada em cada grão de pedra. Irradiando as lanças que o brilho do vento restituiu à luz, no aro mais espesso do ar. Rodar a chave do poema e fecharmo-nos no seu fulgor por sobre o vale glaciar. Reler o frio recordado. Carlos de Oliveira