Havia vezes eu me via como um menino não se vê. A água na nuvem se adivinha, a sede vem antes de sua vez. Havia vezes eu me renascia sem nunca ter saído além de mim: emprestava-me espelhos e outras vias de ver tocar sentir o fundo o si. Era um segundo inteiro ou todo um dia quando lançava o olhar além de mim e me via em tudo o que não via? Que trem cortava o tempo desse abril? Em que viagem eu era o meu caminho? Às vezes os meninos pousam olhos no fim das paralelas, e descansam o corpo de seus pesos e medidas. Se nesta noite fixo a luz da esquina e torno lento o sangue em seu caminho, nem sombra apanho da viagem antiga que, quando eu não queria, me fazia. Alcides Villaça