Não falta a cadência dos sentidos ignotos perscrutando as incontáveis horas mortas sobre o véu insondável do tempo esquecido. Não resta a peripécia da mente excitada gozando a possível resposta à esfinge famigerada. Não importam os piscares vítreos dissimulando os afagos, dando corda às batidas no peito. Não há traços da saliva que silenciara os poemas, mortos antes do parto. Não mais o sentido dos corpos, a ilusão do desejo incontido, das mortes pequenas. Não! Findou a vida e transpus o portal da morte, perguntando: por que não aprendi a amar? Alexandre S. Santos